sábado, 28 de fevereiro de 2009

Gestar 2 em Pernambuco: perspectivas e entraves

Gestar 2 em Pernambuco:perspectivas e entraves

Enquanto formadora do Gestar 2, vejo o programa como uma possibilidade real de retirar de Pernambuco o título de um dos piores estados brasileiros em qualidade educacional . A posição no ranking nacional é incômoda e coloca os pernambucanos em pé de igualdade com países nos quais imperam a pobreza e a falta de investimentos em educação. Minha visão se deve ao fato de que, como programa de formação continuada, o gestar é inovador quando propõe que o professor alie reflexão e ação para melhorar a qualidade do ensino / aprendizagem.

É inegável a qualidade dos textos e das atividades propostas nos cadernos de teoria e prática, todos baseados em estudos e teorias recentes de educadores conceituados e comprometidos com o sucesso da educação.

É, ainda, louvável o empenho do governo de Pernambuco em reunir esforços e pessoas para implantar o programa no estado. É fácil perceber que diversos segmentos e setores da secretaria de educação se esforçam para viabilizar tal projeto.

Por sua vez, a equipe de formadores selecionada pelos técnicos das GREs, tem professores conscientes da importância do seu empenho e desempenho para a conquista dos cursistas, uma vez que estes só poderão aderir e prosseguir com o programa se forem suficientemente estimulados e orientados pelos primeiros.

Visto por esses ângulos dir-se-ia que o gestar já é uma realidade irreversível em Pernambuco e que seu sucesso é garantido, entretanto, há um entrave sério que necessita de resolução urgente: os formadores selecionados e que já participaram da primeira semana de estudos, são, em sua maioria, professores que trabalham, no mínimo 200 horas / aula por mês efetivamente em sala de aula. O problema ocorre porque o programa exige planejamento individual e em grupo, oficinas, aplicação, avaliação, reflexão, refacção, escrita e reescrita de textos - atividades que demandam tempo e dedicação e que se tornam inviáveis diante da carga horária desses trabalhadores - .

Para contornar a situação e garantir a operacionalização do gestar com qualidade e resultados satisfatórios seria necessário que o governo - dando continuidade ao seu projeto de valorizar o educador e ainda garantir melhores índices educacionais – dispensasse os formadores de parte de sua carga horária em sala de aula. Entretanto, e apesar da solicitação destes, a secretaria de educação mostra-se indefinida e - ao que parece - indiferente, ao problema dificultando em demasia o inicio dos trabalhos e, ainda, desestimulando o grupo e retirando deste, o encanto pelo gestar 2.

Nesse sentido, os esforços vão continuar até que todos tenham as condições necessárias para a implantação do programa, visando à qualidade do ensino / aprendizagem e ao sucesso de todos os segmentos que fazem a educação em Pernambuco.

É assim que vejo as coisas no inicio de janeiro de 2009, mas fico no aguardo e na torcida para que mudem e se tornem melhores.

3 comentários:

Ceiça Borba disse...

Concordo com vc,Diza!
Precisamos vencer os entraves para conseguirmos atingir nossas perspectivas.
Pena que a solução dos entraves não estão em nossas mãos.Mas...Prefiro acreditar que tudo será resolvido e que o Gestar será um sucesso, para o sucesso também da Eucação em Pernambuco.

iza disse...

Bem, os entraves foram muitos... mas tudo que difícil o sabor da vitoria é maior, portanto estamos a caminho do GESTAR II,sucesso para todod nós.

Nena Brito disse...

Sou de Rio Formoso,NENA,e garanto que tudo que acontceu ,até agora ,no GESTAR II venho em boa hora.A minha turma está muito animada e outras pessoas resolveram participar do curso como ouvites!!!!
O meu prefeito é nota 1000,visita o curso,providencia o que é melhor para turma e sempre procura está do lado das pessoas que têm amor pela educação.
VALEU,PREFEITO DR.Hely Farias !Obrigada pelo apoio e respeito !
Professora Nena.